Numa Masterclass recente, a autora convidada confessou que partilhar o que se aprende é multiplicar o conhecimento e eu ouso acrescentar também a satisfação. Talvez por isso sonhe desde pequena em partilhar as suas histórias. Hoje, a Analita Alves Dos Santos partilha os bastidores da sua escrita.
O que lhe deu vontade de escrever livros?
Tive vontade de escrever livros a partir do momento em que comecei a ler.
Desde pequena que sonho escrever e partilhar as minhas histórias com miúdos e graúdos.
Onde encontra inspiração?
No meu refúgio de escrita, junto a uma janela onde percebo a vida e o tempo que passa — no mundo, no que me rodeia, naquilo que observo fora, e no que acontece dentro de mim.
A centelha inicial aparece em algo no qual o meu olhar se demora, mas a verdadeira inspiração, essa, surge quando me sento para escrever.
O que retrata(m) o(s) seu(s) livro(s)?
O meu livro infantojuvenil «A Irmandade da Rocha – Daniela e o Ouriço-do-mar», condensa uma outra das minhas paixões: a natureza. É um livro com o qual tenho realizado ações de sensibilização ambiental procurando criar «Super-heróis do Ambiente» em bibliotecas, feiras do livro e escolas no âmbito do Semana da Leitura do PNL.
Noutro registo diferente, as minhas histórias abordam a vida das mulheres.
Alegria, tristeza, fé, amor, paixão, ódio, raiva, desprezo, ciúme, desilusão, perdão, o que somos e sentimos dentro das palavras.
Hábitos de escrita: Onde escreve? Em que momento do dia? Quanto tempo dedica à escrita?
Escrevo num escritório improvisado na minha cozinha. Escrevo todos os dias, de manhã. O tempo dedicado à escrita depende do projeto que esteja a desenvolver no momento, mas tenho o compromisso diário de escrever, o que acaba por acontecer naturalmente devido aos artigos de opinião que publico em diversas plataformas.
Improvisa à medida que escreve ou conhece o fim antes de escrever?
Depende do que possa estar a escrever, do género literário em questão.
Normalmente, para os artigos de opinião ou crónicas, penso num tema e depois escrevo ao «sabor da pena». Nos contos faço um planeamento prévio. Para a escrita de romance sei o princípio e o fim, tenho alguns momentos de conflito delineados, mas depois deixo as personagens assumirem a sua própria vida e já me aconteceu o final ser diferente do que tinha inicialmente planeado.
Qual é o seu livro preferido?
Eis uma pergunta difícil. Já li tantos livros que me tocaram, mas se preciso de escolher um só, seleciono «Ensaio Sobre a Cegueira», de José Saramago.
E, por fim, uma breve mensagem de incentivo para quem gosta de escrever.
Para quem gosta de escrever a minha mensagem é:
escreva todos os dias e partilhe, sem medos, as suas palavras com o mundo, mas esqueça o conceito romanceado da escrita baseado nas musas inspiradoras.
Escrever exige uma rotina, uma planificação. Só assim conseguirá acrescentar palavras, frases, páginas às suas histórias e escrever os seus livros. E nunca se esqueça de ler, rever e voltar a ler o que escreveu.
Saudações Literárias.
Muito obrigada, Analita!
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O livro
Tão bom ter noticias inesperadas.
Obrigada por estar cá.
Saudações de aprendiz de escrita,
Luísa
Obrigada a si por ter passado por aqui!
Boas letras!