É assim que me encontro neste momento, ao fim desta segunda semana em casa, sob um ponto de vista relativo.
Tenho o imenso privilégio de estar na minha casa, aconchegada no meu pequeno agregado familiar, na minha comida, na minha roupa, nos meus livros, nas minhas distrações, até no meu trabalho e ter notícias diárias dos meus que também se encontram em boa saúde embora confinados às suas casas, aos seus agregados familiares, às suas comidas, às suas roupas, às suas distrações.
Dói-me pensar nos que estão retidos noutros países, nos refugiados ou nos que há uma semana sofreram terramotos e foram obrigados a viver também em tendas, como é o caso da Croácia. Sem ir tão longe, dói-me igualmente pensar nos que aqui ao lado dispõem de uma casa, mas não reúnem as condições de saúde ou materiais para se defenderem deste sarcástico mal chamado Covid19.
Esgueirou-se qual névoa por entre as mais pequenas ruelas das vidas do mundo.
Dentro de todos os cenários, quem está na sua casa, está bem.
Passamos a vida a lamentar-nos do que não temos, do que perdemos, do que gostaríamos de ter, mas hoje proponho olharmos para o que de bom ainda usufruímos e de respirar fundo enquanto ainda nos é permitido.
Boa semana a todos!
Fazendo minha parte. Em casa, no aconchego do meu lar… aprendendo muito com esta situação.