De tanto engolir o choro, Ava afogou as emoções. Deixou de ser.
Como tantos de nós, Ava é uma assassina. Tentou apagar, asfixiar, matar a dor. E culpada por homicídio voluntário pela inocência consciente de acreditar que poderia sair ilesa.
Como a todos os assassinos, saiu-lhe o tiro pela culatra. Mais tarde ou mais cedo, são apanhados e obrigados a enfrentar a pena.
O crime nunca compensa. Mais vale viver o que sentimos, tristeza, alegria, amargura, felicidade… ao nosso ritmo natural. Somos emoções e senti-las consiste nisso mesmo: verdadeiramente viver. Seremos vivos vivos em detrimento de vivos mortos.
Obrigada ao Bram. no Unsplash pela foto de capa deste artigo.