Como é escrever para Filipe Bacelo

Confessa-se desorganizado quanto a hábitos de escrita, por consequência transporta sempre consigo uma caneta e um caderno a fim de estar pronto quando a inspiração vem ao seu encontro. Abraçou a escrita como uma terapia em meio a uma luta árdua na qual o amor, a fé e a crença em si próprio venceram. Hoje relata-nos corajosamente essa experiência num dos seus livros. Apresento-vos o Lobo Solitário, Filipe Bacelo!

O que lhe deu vontade de escrever livros?

A escrita para mim serviu como terapia. Eu lembro-me de escrever quando era mais novo. Mas nunca levei a sério a escrita. Rasgava tudo o que escrevia. Depois de sair de casa, dei por mim sozinho. Somente o álcool me acompanhou.

Criei a minha página no Facebook e fui escrevendo o que me ia na alma. Escrevia em cadernos, guardanapos de café. Em tudo o que tinha à mão. Hoje sei que a escrita foi um dos motivos pela minha superação ao vício. Foi uma das minhas terapias.

Onde encontra inspiração?

Não sei onde a encontro. Penso que é ela que me encontra. Numa música, num olhar para o mar, sentir o perfume do amanhecer, ver a lua a brilhar.,ilhar para a minha companheira, sentir os sorrisos dos meus filhos. Tudo pode ser inspiração, por isso ando sempre de caneta e caderno na minha mochila.

O que retratam os seus livros?

O meu primeiro livro, O Amor Vence Sempre, é um livro de pensamentos, poemas, sempre com o intuito de passar uma mensagem de amor, fé e, sobretudo, do poder de acreditarmos em nós. Todos os textos foram escritos na minha fase de superação ao álcool. O Comboio das Nove, esse é um romance, um romance baseado na minha história. Conto como fui atrás da mulher que havia perdido e descrevo no livro esse reencontro. Tento passar sempre mensagens de perdão, amor e superação.

Hábitos de escrita: Onde escreve? Em que momento do dia? Quanto tempo dedica à escrita?

Não sou muito organizado. Gosto de escrever à noite quando, aqui em casa, já todos dormem. Por vezes estou 4 horas a escrever e nada sai… Outras vezes estou só 1 hora e sou capaz de escrever 20 páginas. Tento não forçar, deixo a escrita fluir, ser conduzido pela minha alma.

 Improvisa à medida que escreve ou conhece o fim antes de escrever? 

Estou a escrever a continuação de O Comboio das Nove, irá ser uma trilogia. Vou construindo uma história no meu pensamento, vou apontando tudo no meu caderno. E sei sempre como vai acabar cada história. Mas quando começo a escrever o livro, normalmente leva-me sempre para outro caminho que eu havia planeado. Começando a escrever e a sentir a história, chegam-me sempre outras possibilidades e eu deixo-me ir. Tenho uma linha mestre, mas vou improvisando enquanto escrevo.

Qual é o seu livro preferido?

O diário de Anne Frank, sem dúvida! Penso que foi a minha primeira leitura a sério. Quando peguei nesse livro, decidi lê-lo até ao fim e senti-me tão dentro da história que não mais parei de ler livros.

Um incentivo a quem também gosta de escrever

Acho que quem gosta de escrever não deve parar. Seja numa página de uma rede social ou mesmo tentar publicar um livro. Mas se decidir publicar um livro, tem que estar preparado para levar muitos nãos. Somos um mercado pequeno e cheio de dificuldades para pequenos autores. Temos que fazer um investimento e acreditar muito em nós e no nosso trabalho. Independentemente de tudo, não deixem de escrever.

Gratidão.

 

Obrigada eu, obrigada nós, Filipe!

Podemos acompanhar o trabalho do Filipe Bacelo aqui:

IG: @filipebacelo79

Facebookhttps://www.facebook.com/Lobosolitarioportugal/

 

Filipe Bacelo
Autor Filipe Bacelo

 

Filipe Bacelo
O Amor Vence Sempre de Filipe Bacelo

 

 

O Comboio das Nove e O Amor Vence Sempre de Filipe Bacelo
O Comboio das Nove e O Amor Vence Sempre de Filipe Bacelo

 

 

 

1 Comment

  1. Olá sou aquela indesculpável pessoa do Intermache que não o reconheceu, como o autor do livro comprado.
    Li as páginas iniciais de “A morte não tem dor”, só por estas duas circunstâncias mais a saudação que demos , deu para perceber que a energia emanada não era comum… Muito bom pois estou e sou de certa forma ligada a dimensões pouco compreendidas na sua essência…
    E por isto mais a curiosidade de conhecer as suas obras, acredito que vá ter uma fã incondicional.
    Que a luz, permaneça como bússola e mentora da sua vida!
    Namaste

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