Campeonato

Quando atletas competem em modalidades desportivas, os adversários têm de estar equiparados ao máximo.

Dois lutadores de judo só se confrontam se tiverem o mesmo peso e o mesmo cinto.

No caso de corridas de carro, um piloto de fórmula um só poderá competir com um piloto de um carro do mesmo gabarito.

No desporto com mais adeptos do mundo as equipas estão categorizadas por divisões. Uma equipa da primeira divisão  joga com outra da mesma divisão. Os próprios jogadores ou são juvenis ou seniores. Enfim, seja idade, peso, género, potência ou categoria só se compara o que se assemelha, o que já está à partida ao mesmo nível.

Ainda que a vida não passe de uma competição connosco próprios, há pessoas que insistem em comparar-se a outros. Até aqui tudo bem. Cada um sabe de si e é livre de escolher os seus focos. Há também pessoas que tentam desafiar-nos. Por mim, tudo bem. Mais uma vez, cada um é livre de fazer conforme achar melhor.

Agora, para que quem quer que seja se compare seja a quem for, para que a comparação seja plausível, ambos têm de estar equiparados, têm de ter o mesmo ponto de partida, têm de pertencer ao mesmo campeonato!

Este pequeno grande requisito raramente é tido em conta. Então, temos fracos a fazerem braço de ferro com fortes. Inteligentes a medirem forças com estúpidos. Enfim, uma panóplia de comparações incomparáveis.

No meu caso, nao me comparo a ninguém, embora admire algumas pessoas, mas sei que ele há gente que se compara a mim. Mas esquecem-se… Esquecem-se da minha altura, do meu peso, do meu género, mas sobretudo, esquecem-se da minha categoria! Este esquecimento vale-me a mim a vitória, logo à partida. Saio vitoriosa porque não perco tempo com o que não me faz ser melhor do que já sou!

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