Cresci de mansinho, devagarinho.
Recatava e escondia
A tentativa de acalorar o frio
Que a solidão me trazia.
Fui vivendo em decrescendo.
Mergulhei o desamparo
No profundo devaneio do vazio por companhia.
A agonia tornou-se o outro.
De lamento a intento,
Cinzento de violento era o dia em que invadiam o meu “só” conquistado.
Hoje,
Vivo de mansinho, devagarinho.
Travo e recuo
A tentativa de esfriar o calor
Do aconchego de quem fica.
Vou aceitando e descompondo
O devaneio da solidão por companhia.
A agonia já fui eu.
Lamento e entendo
Quantas cores fui perdendo
Crescendo.
Hoje,
porém,
reconheço-lhes novas tonalidades.
Que lindo, Ana <3
Obrigada! <3