As boas histórias moram na cabeça e fazem de nós sujeitos ativos. É com esta personalização que inicia a entrevista da autora de língua portuguesa, Inês Leitão. Através dos seus livros, guia-nos por Portugal e África graças ao impulso que a levou a escrever. Descubram qual!
O que lhe deu vontade de escrever livros?
Boas histórias que moram na cabeça. Que normalmente me escolhem. Sempre achei que em matéria de livros – e de ideias em geral – nós só somos sujeitos ativos quando estamos a teclar. São eles que nos escolhem. Com mais ou menos pressa.
O meu último livro O último exorcista de Lisboa foi uma mistura: a ideia veio atrás de mim e eu depois tive de ir atrás dela.
O meu último livro O último exorcista de Lisboa foi uma mistura: a ideia veio atrás de mim e eu depois tive de ir atrás dela.
Onde encontra a inspiração?
Eu acho que não há inspiração. Acredito que há trabalho.
“Senta-te e escreve“, disseram-me um dia em que afirmei que não era capaz de acabar uma peça de teatro. Eu sentei-me e escrevi. O Mia Couto diz que “estamos escritores como estamos grávidos ou constipados” e partilho dessa opinião.
O que retratam os seus livros?
Depende. Tenho dois livros de micronarrativas poéticas, um livro inspirado na biografia de uma das maiores personagens do século XX em Lisboa e depois tenho livros para crianças.
São vários mundos. Um para cada um deles.
São vários mundos. Um para cada um deles.
Em comum? A vida humana.
Que eventos da sua a marcaram e, por consequência, se refletem no que escreve?
O mais fundamental é a razão pela qual escrevo. O meu avô escrevia maravilhosamente (se calhar muito melhor que eu, era um homem muito à frente do seu tempo) e na minha familia sempre tivemos livros nas estantes e livros a ser lidos.
Por isso, talvez a leitura.
Hábitos de escrita: Onde escreve? Em que momento do dia? Quanto tempo dedica à escrita?
Tanto escrevia no metro como em casa ao pc.
Não acredito que haja um momento.
Às vezes tenho uma ideia para um texto e escrevo-a no telemóvel. Vou desenvolvê-la depois em casa. Gosto muito de me sentar na minha secretária para escrever.
Improvisa à medida que escreve ou conhece o fim antes de escrever?
As coisas acontecem 🙂
Qual é o seu livro preferido?
A última história de Werther do Goethe. Mas tenho outros.
E, por fim, uma breve mensagem de incentivo para quem gosta de escrever e pretende publicar.
Nenhum escritor em Portugal vive exclusivamente da escrita – salvo algumas exceções – mas não sei de nenhum escritor que saiba viver sem ela.
Muito obrigada, Inês!

Para acompanharmos o trabalho da autora Inês Leitão:
Blog:
IG: @ines_leitao
Amei.
Adoro ambas.
Muito obrigada!