Mafalda Soares Pinho – Escrever é espelhar sentimentos

Escrever - Palavra de Autora - Mafalda Soares Pinho

pastedGraphic.pngVencedora do prémio “Thriller e Suspense” na Gala dos Autores de 2020 organizada pela editora Cordel de Prata, a nossa autora do Escrever – Palavra de Autora(a) de hoje, sentiu o ímpeto de escrever na necessidade de espelhar sentimentos. Atribui à sinceridade a beleza da escrita, apesar de reconhecer alguma dificuldade. Vamos saber mais em pormenor. Apresento-vos a autora Mafalda Soares Pinho! 

O que lhe deu vontade de escrever livros?

Sempre gostei muito de ler, uma paixão passada pelo meu pai. Cresci rodeada dos clássicos e enciclopédias editados pela Reader’s Digest e, claro, pelas famosas revistas “Seleções do Reader’s Digest”. Por gostar muito de ler, sempre sonhei em ver o meu nome num livro, em olhar para a estante e saber que posso pegar, folhear, cheirar, algo feito por mim.
Aliado a tudo isto, ao longo do tempo

desenvolvi uma necessidade de escrever sentimentos,

de transformar em palavras os sons do meu coração e aqueles pensamentos que, por vezes, nem há muito por onde explicar; essa necessidade quase se resume à pouca capacidade (ou um não à-vontade) de falar em voz alta.

 

Onde encontra inspiração?

Nas pequenas coisas do dia a dia…

Num gesto, numa palavra, numa história, numa canção, num filme, na natureza, e, sobretudo, no meu coração.

 

O que retratam os seus livros?

O primeiro, “Entre A Morte E A Vida“, é uma seleção de 67 textos de entre quase 800 que fui escrevendo estre os 15 e os 25 anos. São passagens pessoais onde retrato um desejo de fugir da vida mas que, no fim, se resume a um processo de superação; hoje em dia já não me identifico com muito do que escrevi nesses tempos,

mas sei que existe quem está a passar pelo mesmo e tenho esperança que os meus textos sirvam como que uma espécie de ajuda.

O segundo, “Kit Patinhas”, ainda está em processo de edição e retrata a história do meu menino. Um gatinho muito especial que apareceu em minha casa quase como caído dos céus e que nunca desistiu até, finalmente, deixar tudo e todos rendidos aos seus encantos. Hoje, é o nosso bebé e todos os dias agradeço por ele nos ter escolhido.

 

Hábitos de escrita: Onde escreve? Em que momento do dia? Quanto tempo dedica à escrita? 

Escrevo sobretudo no meu quarto, embora aconteça escrever numa ida à praia ou em situações parecidas onde o descanso reina. No entanto, no meu quarto e sozinha, é onde me sinto mais confortável e “eu própria”. Normalmente, escrevo mais durante a tarde, que é quando tenho aquele tempinho para mim, mas os textos que originaram o “Entre A Morte E A Vida” foram escritos, na sua maioria, durante a noite.

Não posso dizer com exatidão o tempo que dedico à escrita, penso que seja o necessário para transformar em palavras todos os sentimentos que sinto nesse momento.

E nem sempre escrevo no computador, aliás, prefiro escrever em papel e rasurar, reescrever por cima e, no fim, ver todo aquele emaranhado que, afinal, deu em alguma coisa.

 

Improvisa à medida que escreve ou conhece o fim antes de escrever?

Começo a escrever com uma ideia específica, mas nunca com um final programado. Deixo a escrita fluir e tento explorar as ideias e equaciono todos os caminhos por onde posso seguir.

 

Qual o seu livro preferido?

A ter de escolher só e apenas um, é “O Principezinho” de Antoine de Saint-Exupéry. Mas existem muitos livros que me marcaram, como “Se Eu Morrer Antes De Acordar”, de Ana Teresa Pereira e “Uma Casa Na Escuridão”; de José Luís Peixoto.

E existem, também, aqueles autores que me fascinam com toda a sua obra, como Paulo Coelho, J. K. Rowling, Suzanne Collins e o grande Stephen King.

 

Um breve incentivo para todos os que gostam de escrever 

Para quem gosta de escrever apenas quero dizer para não desistirem. Pode ser, e é, difícil, mas devemos ser fieis a nós próprios e nunca duvidar das nossas capacidades.

Quando comecei, tinha eu 15 anos, não foi com o objetivo de publicar aqueles textos, mas sim para conseguir desabafar, libertar uma espécie de peso que sentia no coração, e deixei as palavras serem sinceras, sem adornos, apenas palavras que espelhavam na exatidão aquilo que eu estava a sentir.

Na minha opinião, e é só a minha opinião, a beleza da escrita nasce na sinceridade.

Esses textos levaram-me a vencer o troféu na categoria de “Thriller e Suspense”, na Gala dos Autores 2020, passados vinte anos de serem escritos. Portanto, se eu consegui, qualquer um consegue!

Muito obrigada, Mafalda!

Escrever - Palavra de Autora - Mafalda Pinho
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IG: @MafaldaSoaresPinho.autora

 

 

O livro publicado

Escrever - Palavra de Autora - Mafalda Pinho

 

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