Neste meu projecto de viagem pela literatura portuguesa, aterro agora de um voo intitulado “O Chão dos Pardais” de Dulce Maria Cardoso na sua primeira edição em outubro de 2009 pela editora Asa.
Dulce Maria Cardoso nasceu em 1964 em Trás-os-Montes e Alto Douro, Portugal. Apesar de se ter formado em Direito e ter exercido advocacia, é na escrita que é feliz, mais precisamente nos géneros literários romance e conto. Na sua biografia já constam oito obras e três prémios. Este ano, 2019, é também uma das finalistas do Prémio Oceanos.
“O ódio precisa de ser alimentado e o silêncio é uma maneira bastante eficaz de o fazer.” Esta é uma das informações que clarifica o leitor quando a figura central desta narrativa, Afonso, não recebe resposta da pessoa com quem está a conversar. O CHÃO DOS PARDAIS retrata a relação extrema, ou seja, sem meio termo, entre Afonso e todas as outras personagens que, direta ou indiretamente, lhe estão relacionadas e se amam ou se odeiam entre elas.
Gostei do ritmo da escrita de Dulce Maria Cardoso, não só pelos diálogos, como pela troca de perspectiva recorrente, assim como pela agilidade de voltar atrás nos acontecimentos sem desacelerar a descrição dos mesmos. ”O arrependimento só devia ser permitido aos mortos. Os vivos podem sempre agir.” Se estás a ler estas palavras é porque estás vivo (a). Antes que te arrependas, convido-te a embarcares nesta viagem literária!
Podes comprar o livro aqui .
Não conhecia de todo o livro mas achei bastante interessante !
@LilaReadings 🙂