Há ideias que têm tanto impacto para nós que nos ficam na memória e vêm ao de cima quando menos esperamos. Ontem, foi o que me aconteceu, pelo menos duas vezes!
Há uns anos atrás, após um desabafo de uma conversa surreal mantida com uma pessoa doutro planeta pela falta de lógica de que fazia prova, um amigo meu perguntou-me se eu raciocinava com um cão. Por entre um discurso acelerado e um gesticular frenético consequentes do voltar a viver a indignação do sucedido, a pergunta soou-me descabida. O meu amigo percebeu-me e voltou a repetir:
– Raciocinas com um cão?
– Não… – E só pensava que seria demasiada ironia desabafar sobre uma reacção caricata e viver outra idêntica enquanto relatava!
– Das duas uma: ou dás orientações diretas a um cão do tipo “deita”, “senta”, “quieto”, etc, para ele obedecer ou acompanhas as festas com um adjectivo para o felicitar por ter sido um bom cão. E pouco mais. Não raciocinas com o cão como raciocinas com uma pessoa. Aliás, até podes raciocinar, mas é em vão porque o animal não vai conseguir entender.
Atenta, mas perdida perguntei-lhe em que é que a falta de raciocínio do cão tinha alguma coisa a ver com o tema da conversa que estavamos a ter.
– Pois bem, há pessoas iguais aos cães (ou piores do que os cães já que são providas de um raciocínio superior ao dos animais, mas não o exercitam). Se com o cão perdes tempo em dar determinadas explicações porque o animal não é suposto entender, com algumas pessoas também!
Aquando de falhas na comunicação, usem sempre de perspicácia a fim de qualificar o vosso interlocutor no reino que lhe é devido. A seguir, adaptam o discurso. Este pequeno exercício vai poupar-vos muitas energias como por exemplo paciência e tempo!
Ahahahahahahah!! Tinhas razão já devia ter lido este texto há mais tempo, fez me o dia! :):):):) Vou anotar a dica, vai dar me jeito:):)
😀 mt bom 😀
Obrigada, Petrichortravel!