Viajar em família

Esta não foi a nossa primeira viagem em família. Desde que me conheço que passava fins de semana e férias com tios e primos. O meu parceiro de viagem e de vida também. Assim, hoje, continuamos a repetir a fórmula. Os mais velhos levam os mais novos ou os ainda mais velhos ou até quem eles quiserem! E assim fizemos. Foi a primeira vez que juntámos, num fim de semana prolongado, tantos elementos das mais variadas idades. Este post poderia chamar-se 8 pessoas de 3 gerações durante 4 dias em 4 praias com 2 carros, mas como os números não são o meu forte, vou contar-vos tudo em letras.

O Algarve foi o destino escolhido. Amantes de praia como todos somos ( todos os 8) haveria melhor local neste pequeno Portugal para nos despedirmos do verão? Na realidade, havia sim, mas foi este que escolhemos.

Voltámos onde fomos felizes, mais precisamente à zona do Carvoeiro. As praias são perigosas porque têm avisos de desmoronamento de terra a qualquer momento. (Confesso que nunca me sinto 100% confortável, talvez por isso passe tanto tempo na água ou talvez não… é que a temperatura do mar é sempre tão apetecível que a temperatura do ar não nos deixa muito mais alternativas. Adiante…) Quisemos levar os nossos a ver com os seus próprios olhos o que tínhamos descrito uns meses antes e mostrado em foto.

O deslumbre foi geral. A praia dos Caneiros, a praia da Marinha, a praia de Benagil e a praia dos Salgados receberam-nos com as mesmas temperaturas do pico de verão. O mar apresentou-se consideravelmente quente, o areal espaçoso e os banhos de sol e de mar inesquecíveis. Não tinha expectativas, por talvez já conhecer, mas acabámos por desfrutar do que poderia eventual ser o ideal do meu imaginário.

Em meio a todo este cenário de desfrute e descontração, não pudemos desligar o relógio. Apesar de estarmos hospedados em duas casas facilitando alguma logística, os horários marcavam o nosso passo ainda que de forma muito descontraída. Assim, combinávamos horas de saída para a praia e horas de saída para jantar. De manhã começávamos sempre pela linha de montagem de preparação de sandes. Oito pessoas, oito individualidades, oito gostos distintos. O conduto das sandes eram todas diferentes. Por fora eram todas embaladas em papel alumínio. Se parecia confuso prepará-las, não vos digo nem vos conto na hora de as comermos! Entre sacos de bebidas, de comidas, chapéus de sol e toalhas a distribuir pelos dois carros, ainda havia a questão de nem sempre ser possível o estacionamento perto da praia. Assim, até estas deslocações requeriam gestão. Chegar, descarregar passageiros e bagagens, estacionar e ir do carro à praia a pé. Ao fim do dia, estes passos repetiam-se no sentido contrário. Ir da praia ao carro a pé, pegar no carro, apanhar passageiros e bagagens e regressar. Assim escrito parece tudo muito linear… mas não era.

Se disséssemos que foi um fim de semana de relaxamento total, não estaríamos a dizer a verdade. A vida também não se resume a preto e branco, mas sim a várias tonalidades e tons das mais diversas cores. Assim, nada pode correr só com imensa calma ou só com muito stress. À semelhança, a nossa viagem em família compôs-se de muitas emoções marcando-nos positivamente. A ideia inicial era colecionar memórias. Conseguimos atingir plenamente o objetivo. Sinto-me grata e privilegiada.

E vocês, costumam viajar em família? Contem-me tudo!

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